Livro da Semana - Frida Kahlo e as Cores da Vida


    O livro escolhido para esta semana foi Frida Kahlo e as Cores da Vida edição da TAG Inéditos de janeiro de 2021, ele é um livro que ainda não havia sido lançado no Brasil e foi escrito pela Caroline Bernard, uma autora alemã que foi a fundo entender sobre a vida de Frida, mas não se engane achando que este livro é uma biografia, não, ele é um livro que se baseia na realidade para construir pensamentos e e sentimentos que a artista poderia ter vivenciado em certos momentos reias de sua vida, é um projeto subjetivo e minucioso feito por Bernard que teve o maior cuidado e manter a história de Frida Kahlo a mais verossímil possível.

    Contudo, eu gostaria de começar falando sobre a caixa da TAG Inéditos de jan/21 como um todo, desde a escolha do livro ao mimo do mês, dizer que estão de parabéns pelo trabalho feito, o livro possui uma arte gráfica muito rica em detalhes que após a leitura começou a fazer ainda mais sentido desde a escolha de figuras às cores que a compõe, seja na capa ou na box que o envolve, também, frisar no mimo escolhido, um planner 2021 contendo autoras revolucionárias, onde este possui passagens e contos feitos por estas mulheres incríveis além de apresentar um layout muito agradável para se organizar.

    Feito isto, vamos ao livro.

    Como já citado antes, o livro já é dito antes da leitura que não é uma biografia e sim se utiliza da história da vida de Frida Kahlo para trazer ao leitor os pensamentos e emoções sentidas por ela em devido momentos de suas vida começando no fim de sua adolescência quando ainda pensava em se tornar médica, neste começo nos é trazido também informações de sua infância, sobre seus pais e seu amor ao México, Frida era manca por conta de uma polio que teve na infância e mesmo assim se manteve firme indo contra qualquer ideia de pena que pudessem sentir dela, no entanto, sofreu um acidente de ônibus onde acabou sofrendo uma perfuração no útero, várias fraturas na perna boa e também fraturas na coluna, depois deste dia a vida de Frida teve um revés tão grande que culminou para o inicio da grande artista que vemos em seus quadros.

    Um começo bem mais biográfico que subjetivo, temos passagem desse período onde ela utilizou vários coletes corretivos e passou por variadas cirurgias, momentos este tão agoniante para ela que a fez encontrar na arte da qual ela já tinha contato e gostava, como um escapismo, ali ela podia fazer suas emoções transbordarem, mas isso tudo nos é dito graças as belas falas criadas por Bernard nos mostrando de uma forma super íntima quais teriam sidos os pensamentos de Frida naquele momento.

    Ainda assim Frida queria uma coisa acima de tudo, amor, após seu namorado a deixar para estudar na Europa e ter ficado por quase 2 anos sobre uma cama parecia à ela que seu mundo tinha parado enquanto todos tinham seguido em frente, e daí em diante vemos uma Frida indo em busca do amor, entrou no Partido Comunista por amor à justiça, começou a se vestir e fazer suas roupas ao estilo das regiões indígenas mexicanas por amor à suas raízes mexicanas, começou a se portar da maneira que queria por amor à sua essência e mesmo tendo casado com Diego Rivera, um mulherengo profissional, ela se manteve ao seu lado por amor à sua pessoa.

  Outro caso bem construido dentro do livro é sua relação com o também pintor e grande muralista, Diego Rivera, é sabido de público geral que eles tinham um relacionamento um tanto conturbado e estranho à quem vê de fora, aqui Caroline aborda essencialmente sobre o relacionamento dos dois pois não podemos citar Frida pintora sem citá-lo, ele foi sim um dos grandes incentivadores para que ela seguisse nesse ramo, claro que isso não justifica seus atos libidinosos extraconjugais onde argumentava que a monogamia era algo burguês (ele se considerava comunista) tendo sido amante até mesmo da irmã de Frida, ela sempre soube de seus casos e alguns ela presenciou (como o da irmã) e encontrou dentro de si, de seu amor e de sua arte formas de transformar isto tudo em algo palpável.

    Foi assim que Kahlo começou a arranjar seus amantes, não como vingança, mas porque se sentia no direito de também te-lôs, fossem homens ou mulheres, dentro os vários que teve durante sua vida alguns foram marcantes e que a fizeram realmente duvidar sobre seu casamento com Rivera.

    Todavia, outro amor indiscutível de Frida era o México, ás várias vezes que teve de sair dele seja porque Diego tinha um trabalho nos Estado Unidos ou para expor seus quadros no futuro era algo difícil e excruciante para ela, pois nada se igualava a sua mátria, sem falar dos longos dias que ficava sozinha em um lugar que mal conhecia ou falava a língua, o interessante neste períodos foi ver através de seus olhos outros países e entender a suas relação com eles e com as pessoas lá, as amizades que fez e que tanto lhe ajudaram durante a vida. 



    Durante os vários momentos desde seus acidente Kahlo pintou, retratando suas angustias, amores e a vida ao seu redor, trazendo significados intrínsecos, porém, ela não tinha mensão em expor eles ou até mesmo vende-los, a forma como temo contato com seus pensamentos diante da criação da obra até após quando elas começam a ser apreciadas é um tanto bucólico pois como vivente do século XXI e passado décadas desde que suas pinturas foram expostas tenho repleta noção que seus quadros são obras primas e que trazem um essência única à sua pessoa, mas ela não sabia e as vezes nem via isto o que torna a história ainda mais cativante pois o leitor acaba ficando mais fisgado em saber o que vem a seguir, o que ela achou de tudo que estava acontecendo, como foi pra ela adentrar ao mundo da arte, de forma que se tornou a primeira mulher a expor um quadro no Louvre.

    As suas dores, seus coletes, seus amores, as tantas noites sobre uma cama imóvel, as tantas vezes que se viu chorando por conta de mais um caso de Diego, os abortos que sofrera por conta de seus problemas de saúde, os tantos dias só em lugares que desconhecia, as tardes quentes Casa Azul onde viveu no México vendo os macaquinhos roubarem frutas entre várias outras cenas são a base e a cunha que formou suas pinturas e obras incríveis do realismo sobre quem foi Frida Kahlo e no livro vi isto de modo mais pessoal entendo da onde vinha suas ideias, como realizava seus esboços e como construia sua concepção de quadro.

    Concluindo, Frida Kahlo e as Cores da Vida é um livro de alegrias e tristezas assim tal como é a vida, aqui retrata a artista Frida antes de ser artista, como caminho para isto e pelo o que teve de passar, uma mulher que é uma revolução dentro de si e sempre atraiu olhares a quem a conhecesse por sua identidade forte e uma percepção das emoções muito única e sensível, um livro que eu certamente recomendo a todos lerem!



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Comentários

  1. Não sei se você assistiu a biografia da Frida Kahlo. Acredito que iria gostar bastante, porque eles criaram uma forma de vermos os momentos em que a artista criava suas obras e vivia o amor pela vida. Achei muito interessante, assim que vi falarem, sobre essa publicação da Tag.
    Ps.: sou apaixonada desde sempre por suas caixinhas literárias.

    Ótima resenha!

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