Resenha - A ilha do tesouro
Que a caçada ao tesouro comece, só tome cuidado com os piratas...
A ilha do tesouro | Robert L. Stevenson | Principis | 2019, 240p.
💬 Um clássico do gênero aventura e fantasia que a muito tempo residia na minha lista de desejados e finalmente tive o prazer de ler, foi uma experiência muito boa que me trouxe uma certo ar de nostalgia. Pirata eu sou yo-ho...
📖 A história se passa durante o século XIX, um período onde pirataria era algo comum ao cotidiano de cidades marítimas, sendo assim, o livro acompanha a história de Jim Hawkins que através de seu diário conta detalhes de um período em que adentrou-se na maior aventura de sua vida. Jim e seus pais eram donos de uma hospedaria chamada Almirante Benbow, na Inglaterra, e nela certa vez se hospedou um velho lobo do mar chamado Billy Jones que mostrou ao jovem seu mais precioso tesouro, um mapa do tesouro.
📖 Após a morte do pirata, Jim embarca com mais alguns conhecidos para a ilha marcada no mapa de Jones, porém, o que ele não sabia é que para conseguir este tesouro teria que enfrentar diversos perigos.
💬 É uma história muito fácil de ler, mesmo tendo uma escrita típica do século XIX ela não é massiva e traz diversos momentos com diálogos e uma leitura contínua que ajudam no caminhar da história. Os personagens também são cativantes prendendo o leitor quanto aos próximos passos do protagonista.
💬 Outro fator que achei relevante é que desde o principio da história sabemos que aquilo já aconteceu, mesmo que o Hawkins não diga qual fim levou a caça ao tesouro é perceptível que algo grande aconteceu dado ao modo como ele se expressa e os motivos que o levaram a criar o diário.
💬 Me surpreendeu muito também ver que o jovem mesmo sendo muito novo e por consequência não conhece muito dos perigos e desventuras da vida, consegue ser muito corajoso diante das adversidades, pondo em risco a si mesmo em prol de seus colegas de viagem, onde por vezes é mais sábio e possui mais discernimento que personagens mais maduros.
🚨 ALERTA DE SPOILER 🚨
💬 É importante destacar que após a descoberta do mapa, Jones informa ao jovem que ele nunca em hipótese alguma deveria confiar em um pirata de uma perna só, porém, é visto que logo no começo da viagem um dos marujos principais no navio é um personagem condizente com esta característica, o que deixa já o leitor a par de algo muito errado vai acontecer. Jim lembra-se disso mas se afeiçoa ao homem e nem lhe passa pela cabeça ele ser um pirata.
💬 Tendo esta pista em mãos de certa forma fica claro que a viagem está fadada à grandes intempéries dignas das pitarias daquele tempo, vemos em sequência um motim, um cerco na ilha, bandeiras estiadas - a famosa bandeira preta com a caveira Jolly Roger - roubo de navio e é claro, um tesouro guardado sob diferentes armadilhas.
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💬 O livro também consegue fazer um resgate histórico,mesmo tendo sido escrito em 1883 período em que a pirataria não estava tão em alta ela consegue resgatar elementos comuns deste ramo, claro, sob a visão de ingleses tradicionais não envolvidos no crime porém não deixam de ser História. As características, a forma de expressar e os processos vistos durante a trama relembram em muito fatos reais envolvendo piratas entre século XVII e XIX.
💬 Por fim, é uma história que eu super recomendo, ela é rápida de ler, tem uma narrativa boa e envolvente, onde se encaixa entre filmes como Piratas do Caribe e Os goonies, então se você curte o gênero maravilha, se não, ainda assim é muito válido de ler.
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐
por Sarah J. C. Pinheiro
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