Livro da semana - O Mal Nosso de Cada Dia

 

    O livro que elenquei para esta semana é "O Mal Nosso de Cada Dia", eu terminei de ler ele semana passada portanto já tem resenha no meu Skoob, mas, também escolhi ele por ser um livro que realmente me tirou da minha zona de conforto.

    Pra quem não sabe, a Netflix produziu um filme baseado neste livro no final de 2020, se chama "O Diabo de Cada Dia", assim que lançou eu o assisti já que a premissa parecia interessante porém tinha medo que a história se enrolasse por conta de ter vários núcleos e muitos atores do momento.

    Enfim, me surpreendi, a história era diferente das mesmas que tratam pequenas cidades americanas e seus problemas cotidianos, o fanatismo e a fé ficam em dualidade e os atores conseguiram compor personagens tão excêntricos e únicos que no momento que soube ter um livro eu pensei "Tenho que ler".

    De uns anos pra cá virou costume eu ver um filme que eu não tinha muitas esperanças e me arrepender de pensar isso e ainda descobrir que tem um livro do qual posso tirar ainda mais conteúdo sobre, e com este aconteceu o mesmo.

    Agora, depois de ter lido, afirmo, que o filme é bem parecido, arrisco a dizer que tem partes adaptadas que aos meu olhos são melhor que no livro, porque nos remete à um clímax, sentimos nossas emoções correndo da raiva para a felicidade em questão de minutos, mas a premissa do livro não é esta.

    No livro, o autor nos envolve em uma história que caminha em seu próprio ritmo, os personagens que parecem serem simples pessoas do interior se mostram complexo na passagem de tempo, e faz algo que para mim é a parte mais incrível, em sua narrativa acaba que deixa o leitor ter um gosto de ser "Deus", mas como assim?, sim, nos permite ter ciência de tudo que está se passando e poder em ter conhecimento dos pensamentos de todos os personagens, até mesmo aqueles que só aparecem uma ou duas vezes e faz isso sem separar por capítulo ou algo tipo, não, no meio de um só parágrafo você pode estar lendo o pensamento de duas pessoas e logo entrando em um flashback.

    Não sei as intenções do autor quanto à essa abordagem mas casou super bem com um dos temas enredo, a fé e o fanatismo, a quem leu ou quer ler ou quem assistiu o filme é fato que o livro trata sobretudo a linha tênue entre a fé e suas corrupções, e não estou falando em religião e sim na crença de um ser divino seja indo a uma igreja ou rezando para um tronco, ter esse poder de onisciência e onipotência sobre a leitura acaba por ser irônico com a premissa abordada.

    Por mais que no filme tenhamos a narrativa em conjunto com a trama não é muito visível os este poder de "Deus".

    É preciso dizer também que o livro tem passagens muito mais obscuras e pesadas em um nível que se adaptado ao cinema seria indicação +18.

    Mas é uma leitura válida à todos que queiram adentrar na pequena cidade Knockemstiff  e saber os segredos das pessoas que por lá passaram!

 

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